quarta-feira, 12 de março de 2008

ABORTO LIVRE





No 8, no 9 de Março e todos os dias...Viva a luita das mulheres!



O passado 9 de Março as Lerchas saimos polas ruas de Ourense cumha dupla intençom.
Por umha parte denunciar o despreço que este ano tem amosado o governo espanhol com o movimento feminista, primeiro colocando as eleições no 9 de Março e depois proibindo as mobilizações previstas para o 8, baixo a ameaça da sua legalidade que, entre outros, nom respeita os nossos direitos de manifestaçom, pretendendo que fiquemos caladas e na casa num dia do simbolismo e da importáncia do 8-M.

Esta é a sua democracia: a da hipocrisia das listas paritárias e da igualdade formal que nunca se efectiviza, ao tempo que se perseguem às mulheres por abortar e se nós pretende silenciar em nome da mesma democracia.

Com esse mesmo despreço som tratados os nossos direitos sexuais e reprodutivos. Durante a pre-campanha a problemática do aborto foi utilizada com fins partidistas, sem importar a voz das realmente interessadas. A direita mais ráncia e reaccionária iniciou umha caça de bruxas que rematava com mulheres nos julgados declarando sobre o seu direito a decidir sobre o seu corpo, mentres que a pseudo-esquerda espanhola demonstrou, mais umha vez, nom estar disposta a arriscar nem um só voto polos nossos direitos.

A insuficiência da despenalizaçom do delito nos três casos em q a legislaçom espanhola permite abortar, tem demostrado ser mais que insuficiente, ao nom garantir a possibilidade de faze-lo, nem sequer, quando se cumplem estes supostos, empurrando às mulheres à clínicas privadas. Trata-nos como pessoas sem capacidade para decidir sobre os nossos corpos, sempre baixo a tutela de alguem, já seja o estado, o marido ou o médico.

Somamo-nos ao resto do movimento feminista para exigir o aborto livre, se bem com ironia no 8 de Março com o "Vota-Machos", no 9 de Março, dia das eleições, quigemos combinar esta luita com a recuperaçom da nossa memória colectiva, fazendo finca-pé na necessidade de nom consentir que nos empurrem nem um passo atrás.

E para nom ir um passo atrás é necessário conhecer e reconhecer as experiências de auto-organizaçom que nos precederom. Som as sufragistas um capítulo fulcral na nossa história colectiva, polo elevado nível de consciência e pola sua combatividade numha sociedade cumha ordem patriarcal muito mais récia que na actualidade. Recolhemos o seu exemplo de valentia para dizer-lhe ao sistema que nom nós vai calar, e que nom imos consentir que se recurtem, ainda mais, os nossos direito. E assim, como as sufragistas, desfilamos polas ruas de Ourense.
















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