sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

DESPEDIDA DE CASADA!

Achega-se o gram dia. O próximo dia 15 , a partir das 19 h as Lerchas somaremos com todo o nosso glamour ao acto de despedida de casada da Vane, um acto que quer ir alem da despedida do matrimónio: queremos despedir a mentalidade heterosexista e patriarcal imposta, que nos obriga a entender o amor encaixado numhas estruturas arcaicas, impostas com a finalidade de controlar os nossos corpos, a nossa sexualidade e as nossas vidas.

E ali estaremos, com a Vane e as suas amigas, para denunciar o simbolismo misógino das cerimónias dos casamentos, a hipocrisia consumista que nos quer situar fronte o altar alentadas polas listagens de regalos e as viagens às colónias turísticas, a pressom institucional que nós empurra a assinar contratos polos nossos sentimentos para poder aceder em igualdade de condiçons aos serviços públicos…

Segundo dados do IGE, no ano 2006 casarom-se mais de 10.500 mulheres na CA galega, das quais, mais de 63% figero-no polo rito católico, e mais do 55% das pessoas de entre 25 e 44 anos estám casadas. Embora estas cifras diminuem ano trás ano, as pressões sociais e político-económicas para prometer-nos de por vida escurecem as nossas ganas de viver e desejar livremente.

A carência de recursos sociais e a precariedade económica imponhem veladamente o modelo do casal (um 40% dos fogares monoparentais sofrem risco de pobreza), que por outra parte é uns dos focos de maior violência que suportam muitas mulheres: Na CA galega, seguindo dados do Serviço Galego de Igualdade, a cifra de mulheres mortas ata o 7 de Agosto deste ano ascende a 5, e as denúncias contabilizadas ata o 31 de Agosto a 2.198, e desde o ponto de coordinaçom das ordens de protecção de Galiza, na CA a 30 de Setembro deste ano existiam 2.248 ordes de protecção vigentes.

Se temos em conta que segundo as mesmas estimações, só um 10 % dos casos de violência machista no casal saem a luz, cumpre advertir sobre umha instituiçom que poderíamos qualificar de “perigosa” como é o matrimónio e todas as suas variantes, já sejam matrimónios “legais” ou nom.

Mais do 70% das mortes por terrorismo machista produzem-se no momento em que a mulher decide separar-se do seu par. Já que logo, divorciar-se nom parece tarefa fácil em muitos casos, e em outros incluso um acto de valentia que devemos alentar e celebrar. Por isso as Lerchas estamos com Vane e com todas as mulheres que se armam de auto-estima pola sua liberdade e independência. Ánimo Vane!

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