sexta-feira, 10 de abril de 2009

MUSEO DA TORTURA CONTRA AS MULHERES (II)








PARA CAMPAR HÁ QUE CHORAR


o modelo estético: a mulher inalcanzável.


Os modelos estéticos sempre reflexarom a situaçom social das mulheres, a sua condiçom (bem como trabalhadoras, bem como aristócratas), o seu carácter aventureiro, as suas luitas, a sua disciplina, as suas tradiçons... eram por tanto a nossa imagem, e dependendo da época e do contexto iam mudando.


Se bem por muito tempo forom marca social e cultural, a começos do século XXI o culto à imagem e às apariências convertiu-se numha auténtica obsessom. Assim chegarom aos extremos de injectar-se toxinas, de mutilar-se, de usar tratamentos agressivos sem eficácia demostrada mas com infinidade de efeitos secundários; as mulheres absorviam-se, depuravam-se, mutavam, e o pior de todo é que deixarom de ser elas para se convertir na má cópia da mulher inalcanzável criada nos laboratórios do patriarcado.


Ademais, as nossas antepassadas viviam atrapadas na sociedade de consumo. Havia centos, milheiros de produtos, artefactos, curandeiros que prometiam a felicidade conseguida através da tortura continuada, desde bem miudas até o mesmo leito de morte. Desde a cor-de-rosa escolhida na sua infáncia ou os buracos dos brincos até o alongamento artificial da juventude mascarando um corpo auténtico com cicatrizes e sustáncias sintéticas.

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