sexta-feira, 10 de abril de 2009

MUSEO DA TORTURA CONTRA AS MULHERES (III)






Na Galiza do século XXI, as mulheres foram as últimas em terem controlo sobre os seus próprios corpos e sobre os processos que os afectam (desde o comportamento e as práticas sexuais até a maternidade); en cambio, exerciam muito protagonismo outros agentes, como:

as autoridades sanitárias, que tratavam as mulheres como simples objetos, chegamdo a praticar com elas -sem o seu consentimento- verdadeiros horrores para a experimentaçom cientista (ensaiando, por exemplo, métodos quirúrgicos e hormonais altamente agressivos), e empregando práticas médicas intervencionistas que negavam -de facto- a autonomia das doemtes (!), excluimdo-as mesmo da planificaçom e direcçom dos seus própios partos;

o Estado e os seus tentáculos territoriais, que ditavam legislaçons sobre o que deviam ou nom deviam fazer as cidadás cos seus corpos, impondo castigos para aquelas que ousassem desobedecer, como passou longamente no exercício do aborto;

os meios de comunicaçom de massa, principais tecnologias do género que estenderam um segundo modelo sexual de mulher, a “mulher fatal”, dedicada por inteiro à procura do pracer genital do homem, bem por manipulaçom bem por vício, e invisibilizando, deste jeito, qualquer outro tipo de relaçons e práticas sexuais que nom tivessem o falo como centro de atençom dos jogos eróticos;

a Igreja Católica e a sua doutrina moral retrógrada e genocida, que seguia a reverenciar a Virgem como modelo de comportamento sexual feminino (“mulher-anxo”), identificado e legitimado polo estamento do matrimónio heterosexual; e, porén, demonizava o uso de métodos anticonceptivos como o preservativo por induciren ao coito e provocaren, assim, um aumento no contagio da sida.

Nenhum comentário: