sexta-feira, 10 de abril de 2009
MUSEO DA TORTURA CONTRA AS MULHERES (I). Carvalhinho, 1 de Abril
PATRIARCADO MODERNO. SÉCULO XX-XXI
O corpo das mulheres foi considerado sujo e imperfecto ao longo de toda a era patriarcal. Já os primeiros filósofos gregos consideravam à mulher um ser imperfecto. A menstruaçom era para Aristoteles o sémen pobre que produziam as mulheres. A “Histéria”, enfermidade que se diagnosticou historicamente só a mulheres, foi atribuida a desprazamentos que o útero realizava polo corpo até instalar-se na cabeça e virá-las loucas. Poderiam fazer esses doutores hipótese semelhante sobre os testículos?
No Patriarcado moderno as mulheres padecerom a mesma ideologia pseudo-científica contra os seus corpos, que som observados como um constante problema: cheiram mal, menstruam, desequilibram-se hormonalmente, engordam, som frígidas... A misogínia (ódio às mulheres) da era do “progresso científico” pusso nas ruas mulheres mais objecto do que nunca, parcheadas com silicona.
A tortura contra as mulheres mudou de formas e o Patriarcado semelhava ganhar terreno ao ser muitos destes castigos aceitados com resignaçom e pasividade, chegando incluso a ser auto-aplicados. O trunfo do Patriarcado consiste em fazer da violência um facto “normal”, tam normal que incluso nos aplicamos diversas torturas físicas e psíquicas em nome da “beleza”, da “ciência” e do “amor”.
CONTRA O PATRIARCADO, O FEMINISMO NA RUA
As feministas do XXI enfrentarom o patriarcado moderno e iniciarom o caminho da sua destruiçom. Umha das necessidades mais urgentes foi a de romper o silêncio e fazer visível o invissivel. Às vezes os factos que aparentam ser do mais normal nom o som, tenhem finalidades que desconhecemos e encerram ameaças e proibiçons cum significado mui antigo, tanto que parece que esquecemos.
Por isso foi e é tam importante conhecer a História das mulheres, as grandes ausentes nos livros; saber onde e porque se originou a subordinaçom social home/mulher; denunciar as agressons que sofremos por ter um corpo de mulher, desde a violência directa até a cifrada em códigos estéticos, morais ou pseudo-científicos.
A esta labor queremos contibuir desde o Museo Itinerante para a Recuperaçom da Memória Histórica das Lerchas, desde onde fizemos um importante esforço arqueológico. As peças que estám expostas a continuaçom entrarom em des-uso anos antes da definitiva aboliçom do sistema Patriarco-Capitalista.
Com carinho, esperamos que vos resulte ameno e alentador.
Carvalhinho, 1 de Abril, Era Pós-patriarcal.
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